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Como gerir conflitos nas organizações

O trabalho em equipa tem-se mostrado, cada vez mais eficaz no alcance dos objetivos das empresas. Trabalhar em equipa fornece autonomia, responsabilidade e um enriquecimento do trabalho e das tarefas, de forma a alcançar as expectativas dos/as colaboradores/as. Para além disto, é uma alavanca capaz de melhorar a performance destes/as, assim como a produtividade e qualidade, tanto da equipa, como da empresa. Por este mesmo motivo, uma boa gestão destas equipas torna-se indispensável.

Contudo, não existe forma de impedir o surgimento de conflitos no seio das equipas. Ainda assim, nem sempre estes têm um efeito negativo, podendo, muitas vezes, ajudar a encontrar novas formas e métodos de trabalho, bem como auxiliar os/as colaboradores/as a adaptar-se a novas realidades.

Podem identificar-se 3 tipos de conflitos: de tarefas, de relações e de processo.

1. De tarefas: centram-se no conteúdo do trabalho ou das tarefas. Resolvem-se normalmente com uma boa comunicação e/ou argumentos “racionais”.
2. De relações: encontram-se nos desacordos emocionais que geram emoções altamente negativas. Estas podem levar a uma quebra na equipa, assim como na sua eficácia (ex. uma equipa com um ex-casal que não manteve uma boa relação pós-divórcio e que tem de trabalhar em conjunto).
3. De processo: prende-se com a abordagem a ter em relação às tarefas - métodos e trabalho do grupo.


Como gerir os conflitos quando estes se transformam em problemas?

O papel de um/a líder é fulcral em qualquer situação de conflito nas organizações e este/a deve criar condições para:

1. Analisar a situação: questionar o que se passa, ouvindo as várias versões dos/as colaboradores/as (caso existam).
2. Analisar o problema: entender a verdadeira causa do problema. Por vezes, esta reflexão permite perceber que o problema é um não-problema.
3. Analisar uma decisão: como se pode resolver esta situação? Se já existiu um problema parecido pode tentar perceber se a solução encontrada foi eficaz. Se sim, pode adaptá-la à situação que está a atravessar.
4. Analisar potenciais problemas: ter uma projeção de um futuro antecipado. Por exemplo, se optar por esta solução, que outros problemas podem surgir? Com isto podem precaver-se e criar diferentes planos de atuação.


Existem fatores que podem ajudar a gestão da crise e a eficácia da equipa e, desse modo, a evitar conflitos:

● Interações dentro da equipa e entre equipas de forma a promover a comunicação e relacionamento;
● Composição da equipa: as equipas multidisciplinares são mais capazes de gerar melhores ideias;
● Conhecimento de tarefas: se todos os elementos da equipa souberem as características de cada tarefa, serão minimizados os erros e o surgimento de conflitos negativos.
● Papel do/a líder: deve ter em conta as diferenças individuais, incentivar as interações, comunicar, dar feedback, confiar e até usar os conflitos como oportunidades de melhoria.

Embora os conflitos possam ter efeitos negativos, deve-se perceber o que de bom se pode retirar deles a favor da criatividade, competitividade e eficácia das equipas. As divergências são naturais e benéficas para o meio organizacional, mas também podem (e devem) ser evitadas. Os/as gestores/as devem, acima de tudo, procurar manter uma boa comunicação e um diálogo aberto com todos/as, lembrando-se que uma boa gestão de conflitos pode trazer inúmeros benefícios para a organização.


Autoria de Adriana Moura e Andreia Almeida
Estagiárias Curriculares na Synergie Aveiro
Estudantes do Mestrado em Psicologia das Organizações e do Trabalho da Universidade de Coimbra


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